Silêncio,
um pouco de silêncio agora.
Cá, comigo e com as coisas que tenho em mim,
coisas triviais, egoísmos bobos da alma,
do silêncio humano,
dos cantos e da solidão, essa quimera temida,
mal pensada, e necessária, tantas vezes.
Silêncio... Que se repete em mim,
no meu respirar, no peito que sobe e desce,
nas mãos que param e pensam com o espírito.
O silêncio das madrugadas mordidas
por lebres sinuosas e brancas de recolhimento.
Pensamento, suavidade e uma calma buscada.
Coração desmanchado e até maculado
de saudade, de lembrar
e quiçá se possa aqui falar
de um amor, com 'a' grande, se grande é 'ser grande'.
Calma dissipadora de angústia intolerante.
Silêncio buscado, encontrado, até felicitado.
Silêncio também chorado, mas respeitado.
E por fim, adquire-se, ou pensa-se que,
há uma harmonia.
Entre a alma, o corpo e o que se lembra,
entre antes, presente e depois depois,
entre ter e ser pensamento,
entre sentir e ver,
tocar sem tocar, imaginar,
que tudo também há de ser lembrança
e alguma nostalgia....
Mergulho,
na mente e no mais lindo par de olhos castanhos.
Na água. No Tempo.
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