'Les amours imaginaires', um filme francês do diretor canadense Xavier Dolan.
A doce ilusão do amor, é disso que trata este filme. Mostra como não é difícil que pessoas possam viver 'amores imaginários', ou seja, amores de mão única, que só existem na imaginação delas. Isso parece ser mais comum do que imaginamos, quantos amores imaginários já não podemos ter vivido e nem nos demos conta ou demoramos muito para percebê-los?! É um filme belíssimo, encanta pela sua fotografia, que é simplesmente fabulosa! O mérito da beleza da fotografia deve-se à Sthephanie Anne Weber Biron. Todo o resto, produção e produção de arte, se deve à Dolan. Recomendo este filme para todos aqueles que se interessam pela alma humana, que não querem entendê-la, porque isso é mesmo impossível, na minha opinião, mas que são apaixonados em prostrar-se diante dos mistérios que nos cercam, apaixonados pela Literatura, pela arte, apaixonados por Shakespeare, por que não? Shakespeare é um dos gênios da arte do amor, não soube decifrá-lo, mas nos mostrou a sua metafísica, nos deu a chance de refletir sobre a alma humana com Hamlet e chorar pela desgraça de Romeu e Julieta. Enfim, 'Les amours imaginaires' é um filme 'shakespeareano' pelas emoções catastróficas que pode causar, emoções que não nos fazem apenas chorar diante de uma cena triste, emoções que nos fazem refletir, pensar no que é realmente a vida, questionar-se, perceber que nos restam apenas as dúvidas e é delas que podemos nos alimentar, libertar-nos, se é que se pode falar em liberdade.
Assistam 'Les amours imaginaires' e tirem suas próprias conclusões e lancem suas dúvidas, acho que vale a pena, enriquece qualquer alma minimamente interessante.
Bom filme, boa catarse.
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