Da noss'alma de sonho e de tristeza,
Andas de roxo sempre, sempre calma
Doce filha da gente portuguesa!
Em toda terra do meu Portugal
Te sinto e te vejo, toda suavidade
Como nas folhas dum missal
Se sente Deus! E tu és Deus, Saudade!...
Andas nos olhos negros, magoados
Das frescas raparigas. Namorados
Conhecem-te também, meu doce ralo!
Também te trago n'alma dentro em mim,
E trazendo-te sempre, sempre assim,
É bem a Pátria q'rida que eu embalo!
Florbela Espanca in Trocando Olhares.
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