sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Noite soluçante.
ave preta que poisou na minha janela,
ouves a noite a soluçar?
Ela é tão triste,
suas lágrimas são grossas,
como as de uma noiva abandonada no altar...
ouves, querida ave?
Tu que voas o dia todo
pelos campos e pelas colinas,
plantando e colhendo versos...
E à noite,
quando Apolo esconde sua cabeleira
loira por detrás dos montes,
voas para mim,
grasnando,
trazendo-me pequenos e
delicados versos,
botões de violeta
que escondo nos bolsos...
ah, mas de quê adiantam os versos
Se não dão vida ao meu pálido coração
nem matam a tua negra solidão?
a Noite continuará soluçante...
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