quem me dera tirar sorriso
das palavras
quando a mim
elas já chegam cansadas,
cantando entardeceres,
mendigando doces e delicados suspiros.
-- pássaros,
que sedentos de sede
pousam à minha sombra,
bebem das minhas lágrimas,
e cantam para adormecer
a velha chama
que arde dentro de mim!
«Poeta das aves sem ninho...»
sussurram-me elas com dolência
e um condoído pesar de pálpebras.
Já é dia,
já é tempo -- o sol já vai dormir.
25/12/12
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