Dos poemas perdidos, aqueles que escrevo e esqueço nos versos de extratos bancários:
na estação
somos todos um mar
de gente sem rosto
sem vidas
sem ontem
tudo são pressas
o que importa
são os horários dos trens
que partem atrasados
ninguém espera o amor
na estação
ele não descerá do trem
que chega às duas
não matará com um beijo
a minha amargura.
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