da piedade divina
a iluminar nossas delicadas vidas
mesmo sendo a Terra ainda tão parca guarida
tão cheia de misérias e feridas
brilha o Sol da amizade
da beleza, da santa humildade
do amor fraternal e sublime
entrega submissa
que é teu corpo deitado sobre o meu,
jovem Orfeu
candelabros se acendem por todos os lados
luzes e formas fálicas surgem na floresta
do breu
brilha, brilha
calor que incendeia e contenta
tanta ternura
que emudece
e em meu peito resplandece
uma estrela azul de seis pontas
onde dentro há uma cruz
da cor violeta
brilha no céu o Sol do Amor
que põe fim à violência
e me faz acreditar num mundo sem dor
deita então em meu colo,
Jacinto,
amigo, antes que venha a morte,
cantarei para ti,
eu que sou filho de Apolo,
querido das ninfas e da sorte,
acenderei as luzes do corpo
e te levarei ao céu, ao céu
onde será canto nobre e excelso
os gemidos e gritos
que dermos ao norte
reverberado-nos em prazer
em prazer
em prazer
em prazer
num doce, doce
vai e vem
como ondas
e luz no infinito!
***
C, Berndt
10/12/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário