Da minha janela eu vejo o céu
azul
azul placentário
azul celestial, de certo o mesmo céu abençoado
e terrível dos desertos em que se perdem e se encontram
os peregrinos, azul de liberdade e perdição
então
azul, azul distante
que me leva para fora e dentro de mim
quando eu só queria casca de árvore
gosto de maçã
beijo bom demorado
os teus olhos amendoados
sem ventos
só a leve brisa da tarde
a balançar em calmaria
uma cortina, uma manhã,
uma descomplicada fantasia.
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