dias, dias...
Eles sempre vêem, os dias.
Nascem, enlaçam-se, desenlaçam-se,
desfiam-se,
correm e fogem.
Dias de fugas - eles existem.
Dias de pouco sol dentro da gente - também existem.
Dias que só querem chorar,
dias que a janela só vê as lágrimas da chuva.
Os dias se vão também - claro.
Vão e pouco querem saber
se a gente não quer ir.
Eu, por mim, voltava para aqueles dias,
em que o sol parecia que brilhava mais
e eu saía aí solto pelas ruas velhas de Coimbra
e nem reparava nas velhas, nos lampiões, nos candelabros.
Os meus dias têm candelabros e velas - como numa novena.
Os meus dias dormem e acordam sob a luz de uma candeia triste - sem sol e sem você.
Só Saudade e dias.
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