Andando assim,
de mãos nos bolsos,
olhei quieto para o céu, como sempre me vejo fazer.
Gosto. Gosto de ver o azul do céu
diluir-se, desfiar-se, pouco a pouco,
tornar-se estrelas, lua e cometas.
Cometas, constelações,
desenhos estes que inventaram os gregos,
os povos do Nilo, os antigos.
Quiçá.
Quiçá estas gravuras imaginárias
digam mais de mim do que suponho
e sonho...
e sonho...
De mim, de ti e de nós...
Que sei eu de cometas e luzes
e buracos negros?
Pouco.
Mas sei que estão também dentro de mim.
Que sei eu de futuro e de mãos?
Faltam-me.
Faltam-me outras mãos,
amigas,
que me tirem cá das algibeiras;
Dos sonhos e talvez do céu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário