domingo, 27 de novembro de 2011

A Caverna.

Castelo negro erguido na escuridão,
luz suplantada em pranto,
face soerguida e estrelas,
claridade,
saudade calada,
resignada no peito,
compreender o incompreensível
ou fechar-se em manto-solidão.
Conversar com as sombras,
palavras que só chegam no coração,
ficam nele,
órbita concisa e torta,
beleza esquecida,
lua abstrata,
sábia palidez
aponta para o céu.
Me calo.
Aperto-me em meus braços,
me calo.
Fico aqui, quieto,
sentindo,
em mim,
mas não só.
A Caverna,
sem fantasmas,
somente escuro,
olhos que vêem,
esperam uma luz,
que tarda,
mas viva.

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