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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Númenna


Númenna - Into the West - é um poema escrito por Tolkien numa das línguas que ele próprio inventou, o Quenya. Na mitologia de Tolkien, esta é uma língua falada pelos ''altos-elfos'', pertencentes às casas de Noldor e Vanyar, aqueles que alcançaram Valinor, uma espécie de ''paraíso'', um grande Vale localizado no extremo Oeste da Terra-Média, morada dos Valar, que são os deuses que construíram e edificaram o mundo. Maiores informações sobre isso podem ser encontradas no livro póstumo de Tolkien, ''O Silmarillion''.  A partir do Quenya surgiram todas as outras línguas faladas por homens, hobbits, anões e outros seres que vivem na Terra-Média. Dessa forma, o Quenya pode ser comparado ao Latim Clássico, do qual derivaram as atuais línguas latinas faladas no Ocidente. Enfim, sou completamente apaixonado pela obra de Tolkien, a baixo têm o poema musicado e cantado em Quenya....



sábado, 19 de maio de 2012

Dom Casmurro - O primeiro livro amado do meu coração


‎'Cá com meus botões', não encontro obra outra na Literatura que me encante tanto e da mesma forma como o primeiro 'livro amado do meu coração' - 'Dom Camurro':


'' Todo eu era olhos e coração, um coração que desta vez ia sair, com certeza, pela boca fora. Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos, alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos em duas tranças, com as pontas atadas uma à outra, à moda do tempo, desciam-lhe pelas costas. Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo. As mãos, a despeito de alguns ofícios rudes, eram curadas com amor, não cheiravam a sabões finos nem águas de toucador, mas com água do poço e sabão comum trazia-as sem mácula. Calçava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera alguns pontos.''





As descrições rápidas, mas eficazes, feitas de modo quase caricatural, enfeitam esta que para mim é uma das obras máximas da Literatura Brasileira, ignorá-la é como dizer 'não' para o amor, ou manter-se trancado dentro de uma caverna quando o dia lá fora é bonito e tem borboletas. Mas é ainda ignorar uma parte escura e necessária do mundo, onde ressona um silêncio 'casmurro' sob ecos de melancolia e de Shakespeare.



- não preciso nem referir-me ao que penso sobre Machado de Assis, este gênio da Literatura Brasileira. Quando alguém diz-me que não gosta do que escreve Machado de Assis, eu simplesmente pasmo. Faço das minhas palavras as mesmas ditas por Harold Bloom no 'Cânone Ocidental', onde disse que se Machado de Assis tivesse escrito em inglês ou francês, seria um novo Balzac ou até mesmo uma espécie de Shakespeare no romance e em outros gêneros narrativos. Pra mim, ele sempre estará aqui, na minha cabeceira, no meu coração e orgulho-me muito do fato de termos este grande nome na Literatura Brasileira e Lusófona. -

sexta-feira, 18 de maio de 2012

''o primeiro amor do coração''

''(...) Agora , por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do meu coração? Talvez porque nenhuma tinha os olhos de ressaca, nem os de cigana oblíqua e dissimulada. (...)'' 



ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Abril Cultural, 1981.



quarta-feira, 7 de março de 2012

Insônia, Pensamentos e versos de Florbela

     


        Depois de acordar no meio da noite e de tentar frustradamente voltar ao sono, decidi levantar-me e fazer algo de útil. Lembrei-me de um professor que disse a uma amiga, certa vez que ela reclamava da falta de tempo, ''O que você faz da meia noite até às seis da manhã? Aproveite seu tempo!''
Bom, não sou do tipo que joga horas de sono ao vento, muito pelo contrário, eu tenho certa veneração pelo sono, é algo extremamente sagrado para mim, gosto de dormir e mais ainda, gosto dos sonhos! Enfim, além de ser humanamente necessário, o sono nos permite sonhar, nos permite tirar  a nossa cabeça por algumas horas deste mundo tão turbulento, turvo e barulhento!
          Eu vos falava da minha insônia... Pois bem. Levantei-me e estava decidido a fazer ''algo de últil''. Geralmente, eu vou ler algo, algum texto ou livro da faculdade... No momento estou com três livros sobre a cabeceira....  A ''Ilíada'', decidi que preciso relê-la há algumas semanas e essa necessidade precipitou-se porque estou a escrever um conto que envolve acontecimentos no período da guerra de Tróia, portanto, a Íliada é uma das melhores fontes, sem falar que é uma das mais belas e encantadoras obras poéticas ocidentais... Enfim, quando começo a falar de Homero e da Grécia, eu praticamente babo, melhor parar por aqui... Falava de três livros, certo? Os outros dois são ''A Jangada de Pedra'' de José Saramago, já que estou decidido a escrever sobre algo que me tem causado muitas dúvidas há algum tempo, trata-se, na verdade, de uma 'oposição' que uma professora me fez pensar certo dia: 'Lusofonia x Iberismo''... Falar da península Ibérica pressupõe José Saramago, é claro! Esse tema surgiu em uma aula de Cultura Portuguesa, que por sinal eu adoro, falávamos das relações culturais que Portugal mantinha com o Brasil e com os países africanos de língua portuguesa, isso nos fez falar de ''Lusofonia'', ''Acordo Ortográfico'' e todas essas polêmicas que estão na moda... Em seguida, o assunto passou a ser o poeta Miguel Torga e seu ''Iberismo assumido'', pra quem não sabe, Torga defendia que Portugal devia procurar semelhanças com sua gigante vizinha, a Espanha, e não com os ''trans-atlânticos'', os brasileiros. Tudo isso para vos dizer que o terceiro livro que está na minha mesinha de cabeceira é ''Poemas Ibérios'' do Torga.... Mais isso tudo são parênteses, pois o pretendido era e ainda é, falar de um quarto livro... O livro que fui ler para ''fazer algo de útil''!
           Raios! Eu já me perdi e falei demais!  Bom, quero este texto assim, mesmo que possa parecer confuso, ele é o fruto desta minha 'madrugada-manhã' de ''pensos-pensamentos'', pensamentos que estavam dependurados, quase como cabides, no guarda-roupa da minha mente. Enfim, delírios e metáforas à parte, eu comecei escrevendo isto para contar-vos sobre o que eu queria fazer de últil.... Sem grande supresa, eu fui ler o livrinho de capa roxa que também tenho na minha mesinha, ele chama-se ''Poesia Completa de Florbela Espanca''. Florbela é a poeta dos meus suspiros, é uma espécie de alma/aura/diva inspiradora! Quando vou ao Mondego, sentar-me na beira do rio nos dias de sol, são os versos de Florbela que leio.... Esta poeta de alma roxa, pálida e de ''fantásticos cansaços'', como ela própria diz, me fascina... Florbela é depressiva, vá lá, mas eu só a leio quando quero mesmo sentir o meu coração espremer-se, contrair-se, quando quero sentir algo ''shakesperano'', algo extremamente  humano e ''à la Hamlet''... Neste momento, talvez, ficasse bem um gemido grego, daquelas lamentações que só encontramos em Eurípedes! O jornalista/entrevistador do Programa ''Provocações'' da TV Cultura, Antônio Abujamra, é quem sempre diz: ''Só mesmo um gemido grego para começar este programa.... Talvez devesse eu aqui dizer: ''Só mesmo um gemido grego para entender Florbela....''

           Eu iria fazer um post somente para falar que li alguns versinhos de Florbela Espanca, mas acabei quase escrevendo uma ''Epopéia''.... Na verdade, por falar em Florbela Espanca, me cabe ressaltar que amanhã, dia 08 de março, Dia Mundial das Mulheres, estréia cá em Portugal um filme que representará justamente a vida desta extraordinária poetisa portuguesa. Pretendo ver este filme logo, estou ansiosíssimo!
Algumas informações sobre o filme podem encontrar aqui: http://bibliblogue.wordpress.com/2012/03/01/florbela-o-filme-estreia-a-8-de-marco-condicoes-especiais-para-as-escolas/

         '' Então, pronto!'' - Gosto desta expressão, que é usada, geralmente,  cá em Portugal, terra de Florbela e também onde moro há um ano e meio,  quando se quer encerrar uma conversar. ''Pra já, é isto!''
Espero que o texto não tenha sido assim tão enfadonho e possa enriquecer-vos de alguma forma, nem que seja para rir do meu ''disparate'' ou procurar ler um pouco mais sobre Florbela Espanca...

Deixo-vos uns versinhos da ''poetisa dos magoados'':

''A lembrança do teu beijo
Inda na minh'alma existe,
Como um perfume perdido,
Nas folhas dum livro triste.

Perfume tão esquisito
E de tal suavidade,
Que mesmo desapar'ido
Revive numa Saudade!
 -  ( Espanca Florbela. ''Cantigas leva-as o vento...'' in Trocando Olhares)


Bom dia!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Livros Espíritas...

    


         Já li tantos livros espíritas e pouco comentei sobre eles aqui neste blog. Bom, senti vontade fazer isso agora. Já vos falei de um livro que marcou minha vida em muitos sentidos, um livro que transformou-me, esclareceu-me, ajudou-me muito. "O preço de ser diferente", ditado pelo espírito Leonel e psicografado pela médium Mônica de Castro. É um livro fantástico, mudou a minha vida, tenho a certeza que fez isso com muitas outras pessoas e continua a fazer. É um livro que conta a história de Romero, um jovem que se descobre homossexual, sofre muito e aprende demasiado também. Através da história de Romero passamos a entender muitas coisas sobre homossexualidade, é possível enxergá-la com parâmetros espirituais e obviamente, já que a Doutrina Espírita também é ciência e filosofia, com olhos científicos e filosóficos. Muito longe do preconceito e ódio disseminado pelo catolicismo e demais religiões, a história contada pelo querido Leonel mostra-se uma prova de que ser homossexual é tão normal como ser heterossexual e que é algo permitido por Deus. A homossexualidade, do mesmo modo como a heterossexualidade, é uma característica dada a determinados espíritos em  determinadas reercarnações com objetivos que variam de pessoa para pessoa, mas sempre visando o aprendizado, já que somos espíritos em vias de evolução e é através da matéria que alcançamos amadurecimento. A história de Romero é uma história de amor, de luta, uma história triste, mas também feliz, uma história de aprendizado. Recomendo muitíssimo! Leiam. Leiam todos vocês que ainda  têm problemas em aceitar a si próprios, leiam todos que conhecem gays, que amam gays, que anseiam em entender mais sobre os paradigmas espirituais e sobre a verdadeira bondade divina. Leiam todos vocês que têm preconceito, raiva ou qualquer sentimento de revolta para com os homossexuais. Deus não condena, não julga, não odeia. Deus é puro amor e o que ele mais quer é que nós, seu filhos, espíritos em progresso, aprendamos com o que Jesus nos disse: "Amai o vosso próximo". Esse principal mandamento parece ser esquecido todos os dias. Esse mandamento é ignorado pelos pastores evangélicos que tomados pela ira não dizem nada daquilo que Jesus disse e sim, defendem os seus preconceitos estúpidos, os seus interesses individuais. 
       "O preço de ser diferente" é um livro que encanta e ilumina todos aqueles que abrem a mente para o esclarecimento, para razão, para o coração. Encontram o livro para download neste site:

          Outro livro que super recomendo chama-se "Giselle - A amante do Inquisidor", é também psicografado por Mônica de Castro e ditado pelo espírito Leonel. Este livro mostra e prova como nós seres humanos podemos chegar a atitudes extremas se nos deixarmos vencer pelo egoísmo. Giselle foi a prova real disto. Uma moça gananciosa, que se alia a pessoas cruéis e destrói inúmeras vidas para conseguir o que deseja, riqueza. Mas Giselle também ama, como todo ser humano. Quando ela encontra seu verdadeiro amor parece tarde demais para voltar atrás, concertar erros e ser feliz honestamente. Mas, Deus, em sua infinita bondade, sempre nos permite que tenhamos a chance de concertar nossos erros, não há sofrimento eterno. A reencarnação é a prova de que Deus deseja que alcancemos a luz e que aprendamos com nossos erros, a pressa em evoluir é nossa. Este livro é emocionante, uma história realmente de perder o fôlego e além disso, oferece valiosas lições. 


Então é isso, não devo demorar com mais dicas de leitura.
Abraços.


xD