sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aqueles dias.





Há dias, aqueles,
em que me surpreendo lembrando,
lembrando dos prados pelos quais corríamos soltos,
Há dias
em que uma melancolia aprisiona-me num casulo de saudade,
e nestas horas, minhas lágrimas caem e meus olhos tornam-se monção.
Há dias, aqueles, que ainda posso sentir o frescor da tua pele,
os gosto dos teus beijos, teus cabelos a baterem nos meus,
nossos olhos a refletirem nossa cumplicadade.
Há dias que me sinto o homem mais desgraçado,
o mais pobre de todos espíritos, o mais desgarrado, desolado,
sozinho.
Há dias, aqueles, em que me basta fechar os olhos e pensar que tu existe,
já estou sorrindo novamente.
Há dias e dias, aqueles, outros e tantos.
És o cavalheiro do prado, que me puxa pela mão e me consola em teu colo,
o homem, o garoto, que simplesmente não tarda, mas não fica.
Tempos idos, muito tempo.
Não somos os mesmos.
Mas, há dias, aqueles em que te vejo a espreitar-me de longe,
que a minha e a tua melancolia tem seus olhos poupados,
secados, pois é quando a tua manhã vem de encontro com o meu entardecer.

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