terça-feira, 17 de maio de 2011

A deriva.




Só queria poder acordar e ter menos espaço na cama.
Queria acordar,
estender meu braço e abraçar um corpo amigo que,
adormecido ainda,
desfrutasse do meu calor.
Acordar e ser recebido, antes de ver a luz do dia,
por muitos beijos.
E que ao acordar, ainda, tivesse para quem ligar durante o dia,
com a simples deculpa,
"precisava ouvir a sua voz".
Coisas tão mínimas e singelas,
que hoje,
fazem imensa falta para um coração,
que na escuridão cavernosa da noite,
lastima, por ter sido colocado a deriva,
a deriva dos olhos do amor.

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